Sou professor de violão no Projeto da Prefeitura Municipal de Panambi, RS, intitulado Escola de Talentos, desde 2007. Os alunos são oriundos das escolas públicas municipais e estaduais e a idade varia de 8 a 15/16 anos quando normalmente completam o Ensino Médio. As aulas são em grupos de 4 até 8 alunos organizados de acordo com o nível de conhecimento musical. Atualmente ministro aulas para 16 turmas somando mais de 70 alunos.
A dinâmica de trabalho nas aulas de violão em grupo visa a colaboração mútua entre todos, onde a relação de atenção e ajuda é fundamental para o desenvolvimento da aprendizagem.
De acordo com alguns autores (MORAES, 1997; CORRÊA, 2002; CRUVINEL, 2005) o professor de ensino em grupo deve ter capacidade para orientar, dirigir ensaios e tocar com os alunos. Dependendo do ambiente propiciado, todos poderão aprender uns com os outros, valorizando o que fazem associado ao estímulo para que criem e continuem aprendendo a tocar um instrumento.
Segundo Pernigotti
[...] professores e alunos passam a ser aprendentes, onde todos colaboram no sentido da aprendizagem. Assim, é fundamental o papel do professor também como ouvinte, investigando e interpretando as necessidades dos alunos, cruzando-as com as necessidades de ensino da disciplina (Pernigotti, 1999).
Moraes (1997) afirma que o papel do professor é ser um consultor, facilitador, “líder democrático”, podendo abdicar algumas vezes da liderança em favor da iniciativa dos alunos. De acordo com o mesmo autor (Moraes, 1997), as aulas em grupo por si só não têm poder para incrementar a motivação e o aprendizado sem uma condução adequada das atividades e sem uma administração correta da dinâmica social do grupo. Por isso, são necessárias algumas habilidades: dinamismo, a liderança, sensibilidade, competência social refinada e habilidade de se comunicar de forma clara e adequada.
Cabe então ao professor avaliar o contexto da turma de alunos valorizando as suas preferências e aprendizagens e, ao mesmo tempo, colaborar com sua formação musical procurando acrescentar conhecimentos, apresentando novos materiais e possibilidades que provavelmente sozinhos não teriam acesso.
Entretanto, é sabido que, muitas vezes, os alunos tocam e conhecem melhor certos estilos que o próprio professor. Aproveitar isso em benefício da classe é tarefa do professor, que pode utilizar o repertório conhecido pelos alunos proporcionando novas aprendizagens no contexto da sala de aula, (Corrêa, 2002).
De acordo com Corrêa (2002), nos trabalhos em grupo os alunos aprendem a ouvir um ao outro, contribuindo com sugestões e interagindo com os colegas. Segundo o mesmo autor, no trabalho em grupo não só se respeita diferenças individuais, reconhecendo que os ritmos e interesses são distintos, em razão da bagagem e objetivos de cada um, mas também se aproveita essas diferenças para o processo de ensino e aprendizagem (Corrêa, 2002).
Para Corrêa (2002), na dinâmica de aprendizagem em grupo, a aquisição da leitura e repertório são ferramentas indispensáveis. As formas de escrita e leitura musicais podem ser tratadas como uma conseqüência dos trabalhos práticos desenvolvidos, sendo introduzidas aos poucos, para que os alunos possam perceber as leituras como uma forma de registrar o que estão tocando. Através dos sistemas de escrita, é possível reconhecer detalhes de execução e interpretação que não seriam possíveis sem a notação.
É importante atentar para um repertório variado de composições e arranjos para as aulas. Parte do material pode ser conseguido a partir do acervo pessoal do professor, de colegas músicos e professores, da internet e material coletado durante a faculdade de Música ou de cursos realizados. Mesmo assim, em razão da diversidade de perfis dos alunos, não é tarefa fácil encontrar e conciliar bons materiais adequados às aulas de violão. Desta forma, surge a necessidade de desenvolver a habilidade de compor arranjos e adaptações adequados às diferentes situações de ensino e aprendizagem. A carência de materiais escritos ofertando arranjos para grupos instrumentais e materiais para aulas em grupo mereceriam mais atenção por parte dos pesquisadores e professores de ensino e aprendizagem em grupo.
A dinâmica de trabalho nas aulas de violão em grupo visa a colaboração mútua entre todos, onde a relação de atenção e ajuda é fundamental para o desenvolvimento da aprendizagem.
De acordo com alguns autores (MORAES, 1997; CORRÊA, 2002; CRUVINEL, 2005) o professor de ensino em grupo deve ter capacidade para orientar, dirigir ensaios e tocar com os alunos. Dependendo do ambiente propiciado, todos poderão aprender uns com os outros, valorizando o que fazem associado ao estímulo para que criem e continuem aprendendo a tocar um instrumento.
Segundo Pernigotti
[...] professores e alunos passam a ser aprendentes, onde todos colaboram no sentido da aprendizagem. Assim, é fundamental o papel do professor também como ouvinte, investigando e interpretando as necessidades dos alunos, cruzando-as com as necessidades de ensino da disciplina (Pernigotti, 1999).
Moraes (1997) afirma que o papel do professor é ser um consultor, facilitador, “líder democrático”, podendo abdicar algumas vezes da liderança em favor da iniciativa dos alunos. De acordo com o mesmo autor (Moraes, 1997), as aulas em grupo por si só não têm poder para incrementar a motivação e o aprendizado sem uma condução adequada das atividades e sem uma administração correta da dinâmica social do grupo. Por isso, são necessárias algumas habilidades: dinamismo, a liderança, sensibilidade, competência social refinada e habilidade de se comunicar de forma clara e adequada.
Cabe então ao professor avaliar o contexto da turma de alunos valorizando as suas preferências e aprendizagens e, ao mesmo tempo, colaborar com sua formação musical procurando acrescentar conhecimentos, apresentando novos materiais e possibilidades que provavelmente sozinhos não teriam acesso.
Entretanto, é sabido que, muitas vezes, os alunos tocam e conhecem melhor certos estilos que o próprio professor. Aproveitar isso em benefício da classe é tarefa do professor, que pode utilizar o repertório conhecido pelos alunos proporcionando novas aprendizagens no contexto da sala de aula, (Corrêa, 2002).
De acordo com Corrêa (2002), nos trabalhos em grupo os alunos aprendem a ouvir um ao outro, contribuindo com sugestões e interagindo com os colegas. Segundo o mesmo autor, no trabalho em grupo não só se respeita diferenças individuais, reconhecendo que os ritmos e interesses são distintos, em razão da bagagem e objetivos de cada um, mas também se aproveita essas diferenças para o processo de ensino e aprendizagem (Corrêa, 2002).
Para Corrêa (2002), na dinâmica de aprendizagem em grupo, a aquisição da leitura e repertório são ferramentas indispensáveis. As formas de escrita e leitura musicais podem ser tratadas como uma conseqüência dos trabalhos práticos desenvolvidos, sendo introduzidas aos poucos, para que os alunos possam perceber as leituras como uma forma de registrar o que estão tocando. Através dos sistemas de escrita, é possível reconhecer detalhes de execução e interpretação que não seriam possíveis sem a notação.
É importante atentar para um repertório variado de composições e arranjos para as aulas. Parte do material pode ser conseguido a partir do acervo pessoal do professor, de colegas músicos e professores, da internet e material coletado durante a faculdade de Música ou de cursos realizados. Mesmo assim, em razão da diversidade de perfis dos alunos, não é tarefa fácil encontrar e conciliar bons materiais adequados às aulas de violão. Desta forma, surge a necessidade de desenvolver a habilidade de compor arranjos e adaptações adequados às diferentes situações de ensino e aprendizagem. A carência de materiais escritos ofertando arranjos para grupos instrumentais e materiais para aulas em grupo mereceriam mais atenção por parte dos pesquisadores e professores de ensino e aprendizagem em grupo.
Adriano Kronbauer
Professor de violão licenciado em Música pela Universidade Federal de Santa Maria / UFSM.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CORRÊA, Marcos Kröning. Aprendizagem musical em grupo: práticas instrumentais de violão no curso de licenciatura em música da UFSM. Expressão – Revista do Centro de Artes e Letras. Santa Maria: UFSM (2), Jul/Dez, 2002.
CRUVINEL, Flavia Maria. Educação Musical e Transformação Social. Goiânia: ICBC, 2005.
MORAES, Abel. Ensino Instrumental em grupo: uma introdução. Música hoje: revista de pesquisa musical n°4. EMUFMG, 1997, p. 70 – 78.
PERNIGOTTI, Joyce M. et al. Aceleração da aprendizagem: ensaios para transformar a escola. Porto Alegre: Mediação, 1999.
CORRÊA, Marcos Kröning. Aprendizagem musical em grupo: práticas instrumentais de violão no curso de licenciatura em música da UFSM. Expressão – Revista do Centro de Artes e Letras. Santa Maria: UFSM (2), Jul/Dez, 2002.
CRUVINEL, Flavia Maria. Educação Musical e Transformação Social. Goiânia: ICBC, 2005.
MORAES, Abel. Ensino Instrumental em grupo: uma introdução. Música hoje: revista de pesquisa musical n°4. EMUFMG, 1997, p. 70 – 78.
PERNIGOTTI, Joyce M. et al. Aceleração da aprendizagem: ensaios para transformar a escola. Porto Alegre: Mediação, 1999.
Buenas meu amigo Adriano, estava navegandi na internet procurando material pra começar lecionar violão aqui numa cidade chamada Taió-SC.
ResponderExcluirSou gaucho de Portoa Alegre e por tocar em varios grupos gauchos e ter um gosto especial por violão (gosto este q me levou a estudar com Lúcio Yanel), adquiri com o tempo um jeito proprio e forte de tocar milongas e chamamés, ao estilo Ricardo Martins de Livramento, e por isso aqui em Taió o pessoal gosta de me ver tocar e estão querendo q eu de aulas pras prefeituras na volta por meio de projetos, mas aí veio um grande problema: não sei por onde começar, como elaborar aulas em grupos pois ensinava violão qdo morei no RS mas geralmente qm me via tocar e queria aprender alguma coisa a mais, mas num centro de cultura tem q ser mais elaborado e expor resultados q não sei buscar, gostaria muito que me ajudasse neste problema.
Meu msn é adriano8cordas@yahoo.com.br
Gracias hermano